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2024-02-05 19:39:27 +00:00
\section{Introdução}
A pandemia da COVID-19 trouxe diversos problemas para a socidade em que vivemos, em específico à educação.
Discentes e docentes vivenciaram uma gama de problemas como: perda de aprendizado, desigualdade digital,
adaptação ao ensino remoto, dentre outros. De frente à essa varidade de problemas, é imporante ressaltar a
adaptação ao ensino remoto.
As instituições de ensino, com o objetivo de se adaptar à esse cenário de ensino remoto, foram em busca de
ferramentas para suprirem a necessidade de comunicação e ensino entre alunos e professores. Ferramentas como
Google Classroom, Microsoft Teams e Moodle, foram muito utilizadas para suprirem essa necessidade. Porém, à que custo?
Um relatório realizado pela Digital Futures Comission (DFC) constatou que serviços como o Google Classroom utiliza de
maneira indireta os dados de alunos e professores que fazem uso de sua plataforma. Por exemplo: usualmente,
professores compartilham links como material de estudo para os alunos. Porém, ao clicar nesses links compartilhados,
diversos cookies de terceiros foram identificados, colocando a privacidade de dados dos alunos em cheque. Há também
o cruzamento de dados entre a conta pessoal dos alunos e seu ambiente de estudo, pois, geralmente, os discentes acabam
utilizando contas pessoais para usufruir de serviços como o Google Classroom.
Além do cenário da fragilidade de dados, há também a questão da usabilidade do sistema. Google Classroom e Microsoft
Teams, foram pensados para atender o maior número de casos de uso possíveis, o que gera um efeito colateral em não
suprir os casos de uso específicos das instituições de ensino que os utilizam. Podemos explicitar um desses casos de
uso específico como o cenário onde uma atividade atribuída aos alunos pertence à mais de uma disciplina, as chamadas
atividades interdisciplinares. Nesse cenário, todo o processo de entrega da atividade é feito de maneira duplicada.
Não somente os casos de uso por parte dos discentes sofrem com a generalização das funcionalidades de tais sistemas,
mas principalmente os docentes. Utilizar uma ferramenta que atende às necessidades específicas e que consequentemente
facilita a gestão de aprendizado dos discentes pelos docentes é algo de grande valor para a sociedade acadêmica.
Tendo em vista a proteção dos dados das pessoas, a melhora da usabilidade e a flexibilidade de evolução e adaptação
das funcionalidades de uma plataforma de ensino para o IFMG, propõe-se a criação do IF Salas: uma plataforma de ensino
para o IFMG de código aberto. O IF Salas tem como objetivo suprir todas as necessidades citadas anteriormente, além de
possibilitar a auditoria de todo o código fonte por qualquer pessoa ou instituição interessada, uma vez que seu código
fonte será disponibilizado publicamente. É Importante exaltar que todos os objetivos de melhoria de usabilidade em relação
às outras plataformas de ensino foram pensadas com base em dados de pesquisas realizadas com docentes e discentes do IFMG,
o que contribui para a relevância da usabilidade dessa plataforma para a comunidade acadêmica, uma vez que é criado um senso
de colaboração na instituição de ensino.