\section{Introdução} A pandemia da COVID-19 trouxe diversos problemas para a socidade em que vivemos, em específico à educação. Discentes e docentes vivenciaram uma gama de problemas como: perda de aprendizado, desigualdade digital, adaptação ao ensino remoto, dentre outros. De frente à essa varidade de problemas, é imporante ressaltar a adaptação ao ensino remoto. As instituições de ensino, com o objetivo de se adaptar à esse cenário de ensino remoto, foram em busca de ferramentas para suprirem a necessidade de comunicação e ensino entre alunos e professores. Ferramentas como Google Classroom, Microsoft Teams e Moodle, foram muito utilizadas para suprirem essa necessidade. Porém, à que custo? Um relatório realizado pela Digital Futures Comission (DFC) constatou que serviços como o Google Classroom utiliza de maneira indireta os dados de alunos e professores que fazem uso de sua plataforma. Por exemplo: usualmente, professores compartilham links como material de estudo para os alunos. Porém, ao clicar nesses links compartilhados, diversos cookies de terceiros foram identificados, colocando a privacidade de dados dos alunos em cheque. Há também o cruzamento de dados entre a conta pessoal dos alunos e seu ambiente de estudo, pois, geralmente, os discentes acabam utilizando contas pessoais para usufruir de serviços como o Google Classroom. Além do cenário da fragilidade de dados, há também a questão da usabilidade do sistema. Google Classroom e Microsoft Teams, foram pensados para atender o maior número de casos de uso possíveis, o que gera um efeito colateral em não suprir os casos de uso específicos das instituições de ensino que os utilizam. Podemos explicitar um desses casos de uso específico como o cenário onde uma atividade atribuída aos alunos pertence à mais de uma disciplina, as chamadas atividades interdisciplinares. Nesse cenário, todo o processo de entrega da atividade é feito de maneira duplicada. Não somente os casos de uso por parte dos discentes sofrem com a generalização das funcionalidades de tais sistemas, mas principalmente os docentes. Utilizar uma ferramenta que atende às necessidades específicas e que consequentemente facilita a gestão de aprendizado dos discentes pelos docentes é algo de grande valor para a sociedade acadêmica. Tendo em vista a proteção dos dados das pessoas, a melhora da usabilidade e a flexibilidade de evolução e adaptação das funcionalidades de uma plataforma de ensino para o IFMG, propõe-se a criação do IF Salas: uma plataforma de ensino para o IFMG de código aberto. O IF Salas tem como objetivo suprir todas as necessidades citadas anteriormente, além de possibilitar a auditoria de todo o código fonte por qualquer pessoa ou instituição interessada, uma vez que seu código fonte será disponibilizado publicamente. É Importante exaltar que todos os objetivos de melhoria de usabilidade em relação às outras plataformas de ensino foram pensadas com base em dados de pesquisas realizadas com docentes e discentes do IFMG, o que contribui para a relevância da usabilidade dessa plataforma para a comunidade acadêmica, uma vez que é criado um senso de colaboração na instituição de ensino.