Include paragraph about GAFAMS, fix some typos and add report reference

This commit is contained in:
Leonardo Murça 2024-03-30 13:46:13 -03:00
parent cc389c0dd4
commit 3153d2381d
2 changed files with 48 additions and 16 deletions

View file

@ -31,3 +31,23 @@
url = {https://nvie.com/posts/a-successful-git-branching-model/},
urldate = {2024-03-21},
}
@report{data-governance-in-uk-schools,
author = {Louise Hooper and Sonia Livingstone and Kruakae Pothong},
title = {Problems with data governance in UK schools: the cases of Google Classroom and ClassDojo},
institution = {Digital Futures Commission (DFC)},
year = {2022},
type = {Case Study Report},
month = {August},
}
@online{gafams-brazil-usage,
title = {Mapeamento das instituições públicas de ensino superior brasileiras que
utilizam ou nao alguma solucao das GAFAMS(Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft)},
author = {Observatório Educação Vigiada},
year = {2024},
url = {https://educacaovigiada.org.br/pt/mapeamento/brasil/},
urldate = {2024-03-30},
}

View file

@ -2,28 +2,40 @@
A pandemia da COVID-19 trouxe diversos problemas para a socidade em que vivemos, em específico à educação.
Discentes e docentes vivenciaram uma gama de problemas como: perda de aprendizado, desigualdade digital,
adaptação ao ensino remoto, dentre outros. De frente à essa varidade de problemas, é imporante ressaltar a
adaptação ao ensino remoto, dentre outros. De frente à essa varidade de problemas, é importante ressaltar a
adaptação ao ensino remoto.
As instituições de ensino, com o objetivo de se adaptar à esse cenário de ensino remoto, foram em busca de
ferramentas para suprirem a necessidade de comunicação e ensino entre alunos e professores. Ferramentas como
Google Classroom, Microsoft Teams e Moodle, foram muito utilizadas para suprirem essa necessidade. Porém, à que custo?
\textit{Google Classroom, Microsoft Teams e Moodle}, foram muito utilizadas para suprirem essa necessidade. Porém, à que custo?
Um relatório realizado pela Digital Futures Comission (DFC) constatou que serviços como o Google Classroom utiliza de
maneira indireta os dados de alunos e professores que fazem uso de sua plataforma. Por exemplo: usualmente,
professores compartilham links como material de estudo para os alunos. Porém, ao clicar nesses links compartilhados,
diversos cookies de terceiros foram identificados, colocando a privacidade de dados dos alunos em cheque. Há também
o cruzamento de dados entre a conta pessoal dos alunos e seu ambiente de estudo, pois, geralmente, os discentes acabam
utilizando contas pessoais para usufruir de serviços como o Google Classroom.
O relatório \textit{Problems with data governance in UK schools: the cases of Google Classroom and ClassDojo}
\cite{data-governance-in-uk-schools} realizado pela Digital Futures Comission (DFC) constatou que serviços como
o \textit{Google Classroom} e \textit{ClassDojo} utilizam de maneira indireta os dados de alunos e professores
que fazem uso de suas plataformas. O próprio relatório cita que é quase impossível descobrir quais dados são
coletados por essas EdTechs.. Por exemplo: as políticas do \textit{Google Workspace for Education} mostram os vários
tipos de dados coletados pela empresa durante o uso do \textit{Google Classroom} por crianças. Uma vez combinados,
isto é suficiente para construir um perfil completo de cada criança, incluindo a sua identidade, localização,
biometria, preferências e capacidades. É quase impossível descobrir a natureza e a extensão desta recolha de dados.
Além do cenário da fragilidade de dados, há também a questão da usabilidade do sistema. Google Classroom e Microsoft
Teams, foram pensados para atender o maior número de casos de uso possíveis, o que gera um efeito colateral em não
suprir os casos de uso específicos das instituições de ensino que os utilizam. Podemos explicitar um desses casos de
uso específico como o cenário onde uma atividade atribuída aos alunos pertence à mais de uma disciplina, as chamadas
atividades interdisciplinares. Nesse cenário, todo o processo de entrega da atividade é feito de maneira duplicada.
Não somente os casos de uso por parte dos discentes sofrem com a generalização das funcionalidades de tais sistemas,
mas principalmente os docentes. Utilizar uma ferramenta que atende às necessidades específicas e que consequentemente
facilita a gestão de aprendizado dos discentes pelos docentes é algo de grande valor para a sociedade acadêmica.
A crescente dependência das universidades brasileiras em relação às soluções das GAFAMS (Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft)
é também motivo de preocupação devido à possível perda de controle sobre dados sensíveis e estratégicos. Segundo o
\textit{mapeamento das instituições públicas de ensino superior brasileiras que utilizam ou nao alguma solucao das GAFAMS}
\cite{gafams-brazil-usage} realizado pelo \textit{Observatório Educação Vigiada}, 72\% das instituições brasileiras
utilizam soluções da Google e 8\% optam pelas soluções da Microsoft, o que demonstra um claro domínio dessas
empresas estrangeiras no cenário educacional do país. Essa concentração em plataformas controladas por grandes
corporações estrangeiras levanta questões sobre a privacidade, segurança e soberania dos dados das instituições de
ensino, destacando a importância de buscar alternativas que promovam a autonomia tecnológica e a proteção dos interesses nacionais.
Além do cenário da fragilidade de dados, há também a questão da usabilidade do sistema. \textit{Google Classroom} e
\textit{Microsoft Education}, foram pensados para atender o maior número de casos de uso possíveis, o que pode gerar
um efeito colateral em não suprir os casos de uso específicos das instituições de ensino que os utilizam. Podemos
explicitar um desses casos de uso específico como o cenário onde uma atividade atribuída aos alunos pertence à mais
de uma disciplina, as chamadas atividades interdisciplinares. Nesse cenário, todo o processo de entrega da atividade
é feito de maneira duplicada. Não somente os casos de uso por parte dos discentes sofrem com a generalização das
funcionalidades de tais sistemas, mas principalmente os docentes. Utilizar uma ferramenta que atende às necessidades
específicas e que consequentemente facilita a gestão de aprendizado dos discentes pelos docentes é algo de grande
valor para a sociedade acadêmica.
Tendo em vista a proteção dos dados das pessoas, a melhora da usabilidade e a flexibilidade de evolução e adaptação
das funcionalidades de uma plataforma de ensino para o IFMG, propõe-se a criação do IF Salas: uma plataforma de ensino